quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

DIRETRIZES DA ESCOLA FRENTE AO USO DAS MÍDIAS SOCIAIS



O acesso à informação atualmente é indiscutivelmente maior do que o se teve há duas décadas, quando começou a difundir as tecnologias da web por todos os campos da sociedade. A internet passou a ser um dos meios mais utilizados para se comunicar e obter acesso à informação. Esse fato se explica por a net oferecer comunicação e uma gama muito ampla de fontes de dados sobre algo de forma mais rápida.  E, na região Sul do Maranhão, essa realidade não é diferente.



Entre os vários meios de acesso, as redes sociais estão num processo de expansão contínuo (Facebook, WhatsApp, Google +, Hi5, Blog, etc.) as quais possuem enquanto principais usuários a geração net, ou seja, jovens e crianças que já nasceram e estão crescendo imersos numa sociedade cada vez mais tecnológica, os quais aprendem desde a infância a acessar e utilizar as tecnologias, principalmente as TIC’s (Tecnologias da Informação e da Comunicação)  a serviço de seus interesses – lazer, estudos, relacionamentos, etc.



Nesse contexto, a educação hoje se depara com um desafio: estabelecer com a geração net uma relação de ensino aprendizagem que concilie os interesses desse público com os objetivos pedagógicos da escola; tornar as redes sociais, das quais milhares de jovens são usuários, aliadas do ensino; e, estabelecer diretrizes para seu uso pedagógico.



A rede wi-fi tornou-se acessível na maioria das escolas públicas, recentemente, possibilitando a inclusão da comunidade escolar na rede para desenvolver as atividades pedagógicas com o uso das TIC’s. Esse acesso permitiu inúmeros benefícios como também conflitos quanto ao uso indiscriminado destas tecnologias por parte da comunidade escolar.

Os professores puderam realizar os serviços burocráticos e pedagógicos ao ministrar suas aulas com acesso on-line na própria sala de aula, utilizando tanto equipamentos disponíveis na escola, como por exemplo o projetor interativo, como também  o de uso pessoal, destacando o notebook e o tablet. Os alunos também tiveram acesso à rede wi-fi nos seus celulares.


No entanto, constatou-se através de depoimentos dos professores que o uso inadequado do celular em sala de aula prejudicou o processo ensino aprendizagem em algumas escolas, pois a maioria dos alunos ficava alheia aos conteúdos, acessando apenas redes sociais durante as aulas e quando eram estimulados a usar o celular para pesquisas e atividades pedagógicas havia uma recusa generalizada e continuavam a surfar nas redes. Essas atitudes ocasionaram, após consenso de professores, coordenadores e gestores, a titulo de experiência, o bloqueio de celulares através de um programa de computador (UniFi Controller) que restringe o acesso à internet para os alunos. Após o bloqueio, observou-se que as atividades propostas pelos professores atingiam os objetivos planejados e a participação e atenção dos alunos melhorou durante as aulas e respectivamente nas avaliações realizadas.


Após analise dessa experiência, constatou-se que se faz necessário, urgentemente, formações para o professor do uso do celular em sala de aula, com aplicativos educacionais específicos e direcionados, pois é o professor que está diretamente em contato com o aluno e deverá ter argumentos para orientar como e quando utilizar este recurso.


É importante ressaltar que não se deve restringir o acesso à web através dos meios tecnológicos que os alunos dispõem. Assim, é necessário, o mais breve possível mudar a realidade do uso do celular no ambiente escolar, pois a tecnologia já está presente na escola, falta apenas direcioná-la para o uso pedagógico adequado.

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